Quem Fez

Tunneo

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A TUNNEO foi concebida pela paixão constante por automóveis na vida de Neo Pinheiro Ricardo. Paranaense, nascido em Jacarezinho em junho de 1938, acabou firmando residência na recém fundada Sertaneja (14.12.1952, norte do Paraná) em 1953.

Desde muito cedo, tinha verdadeiro fascínio pelos veículos automotores. Quando atingiu a maioridade em 1954, procurava incluir detalhes em seus carros para dar um toque pessoal, sua característica mais comum.

Naquela época, este hobby usava o termo em português "incrementar". Décadas depois, dizia-se "equipar". Hoje, é conhecido pelo termo "customização". Esta atividade era intuitiva e restrita a pouquíssimos recursos, chegava a ser considerado excêntrico ou coisa de "playboy". Hoje esta mania tomou conta do Brasil.

As poucas revistas nacionais do passado, ofereciam alguns acessórios que serviam apenas de inspiração, pois comprá-los a longa distância era muito difícil. As revistas americanas estavam bem mais estruturadas e seus carros verdadeiras máquinas de sonho.

Encontrar equipamentos era frustrante e tomava muito tempo, as oficinas de lanternagem eram a saída para a confecção das peças. Na maioria das vezes, os funileiros achavam a modificação curiosa e desnecessária, mas faziam o serviço. Hoje é possível equipar todo o carro sem sair de casa.

Seu primeiro volante foi produzido no final da década de 50, tinha como base, tubos de aço aparafusados em uma capa cromada de chuveiro elétrico. A experiência funcionou bem até ser desintegrada pela trepidação das estradas de terra. Como o projeto deu resultado, a evolução foi transformar um volante de Kombi (de baquelite) de 2 raios em 3, utilizando um aplique de metal (presente em alguns volantes atuais). Este volante equipou o fusca alemão 56. A partir daí, os volantes passaram a ser desenhados e produzidos de forma manual para os amigos, que começaram a solicitar encomendas.

Uma Marca de Atitude

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A TUNNEO se especializou no desenvolvimento de volantes personalizados, criando um interior requintado, inovador e arrojado com a característica principal de ser único.

A pronúncia da marca TUNNEO, homônima à palavra "túnel", faz analogia à ligação do passado e presente no universo dos carros customizados.

Num processo artesanal (sem uso de moldes ou estampos), cada volante é desenvolvido seguindo um plano de fabricação e o acabamento é dedicado detalhe por detalhe, agregando valor a cada peça.

O que os diferencia completamente dos produtos fabricados em série.

NPR-5

Ligado ao conceito de liberdade estão: os carros, aos motos e o Rock'N Roll. E como não poderia deixar de ser, aí está o jovem Neo de novo. Fascinado por este ritmo, acompanhou toda a trajetória de um motorista de caminhão que se transformou no Rei do Rock. Estamos falando nada menos que Elvis Presley.

O sonho foi tão forte que apenas colecionar revistas de música desde a década de 50 (P.S.: ele ainda as tem) era pouco. Este funcionário público estadual da pacata Sertaneja, além de cumprir o horário comercial, fazia serão sob a luz de lampião (com a companhia de um sapo, que pegava as borboletas atraídas pela luz) para levantar a verba necessária para adquirir os instrumentos musicais.

Sonho realizado: Com Neo no vocal (com seus quarenta e poucos anos), contou com a ajuda de dois amigos agrônomos, Laércio (guitarra base), Nivaldinho (guitarra solo); Ademar tizziani (contra-baixo), Mauro (bateria e colega de trabalho), conseguiu a primeira formação da banda.

No início, se chamou NPR-5, iniciais de Neo Pinheiro Ricardo com 5 integrantes ou Nota Promissória Rural (como era conhecida na Agência de Rendas). Depois, ficou oficialmente conhecida por NR-5.

Animavam festas de amigos e arrumavam motivos para fazer mais festas para tocar. Como a aparelhagem ficava toda na garagem, uma nova teve de ser feita para abrigar o carro. Foram meses de ensaio até surgir o convite para tocarem na praça municipal de Sertaneja, onde o Neo apareceu a caráter.
A partir daí, foram apresentações para todo lado. No cinema de Sertaneja na estréia do filme "Elvis não morreu", em Cornélio Procópio no Espaço Cultural e na extinta TV Manchete no programa Sertanejo classe A.

Ao todo, foram 3 roupas utilizadas: azul com detalhes dourados, branca com lantejoulas e capa e a preta clássica (as três estão guardadas até hoje).

Na segunda formação, incluiu músicos da banda "Os Navarones" de Cornélio Procópio, com José Luís (guitarra solo), "Fio" (contra-baixo) e Karlão (bateria).

O carnaval mais animado de Sertaneja foi com uma seleção de músicos batizada como "Banda do Timão", em 1983. Os integrantes foram: Neo (vocal),

A NR-5 se apresentou de 19.. a 19.. Apenas algumas fotos registraram estes momentos de glória e um único vídeo foi encontrado na videoteca da prefeitura municipal de Sertaneja, na administração do prefeito Roque Pimenta (seu grande fã, que incentivou e patrocinou estes grandes artistas anônimos).